Escola Municipal de Educação Infantil "PROFª IVONNE DOS SANTOS DIAS" Bragança Paulista - SP

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

TV CULTURA!!

No último mês, recebemos uma visita ilustre…

A equipe da UNIVESP-UNESP TV/TV CULTURA veio conhecer nossa escola pra saber um pouco mais sobre a identidade do professor de educação infantil. Isso tudo graças ao nosso blog que continua divulgando o trabalho da escola pelos 4 cantos do mundo!!!

A equipe acompanhou um pouco da rotina nas salas de aula e na parte externa da escola. Depois fez um entrevista em forma de reunião com parte da equipe.

Acompanhe as imagens:

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Pena que nem toda equipe estava presente….

…é a turma da escola Ivonne na televisão!!!

RELATO DE EXPERIÊNCIA

JOGO DA ESTRADINHA.

“Apesar do jogo ser indicado para crianças a partir de 3 anos, fizemos na nossa escola com crianças que estão completando 3 anos agora no segundo semestre, no caso, com a turma de infantil II. Nossa escola foi pintada recentemente e com a sobra de tinta resolvemos pintar o jogo da estradinha no chão do pátio interno para as crianças jogarem como se fossem os peões. Com esta turma estamos jogando com um dado que não tem algarismos, só bolinhas e as crianças do infantil II estão contando direitinho. As regras foram socializadas com as crianças, não foram construídas coletivamente por conta da idade e de estarem agora se acostumando com a heteronomia. Neste dia em especial que está registrado nas fotos  as crianças precisaram ser auxiliadas porque era uma das primeiras vezes que eles estavam jogando e ainda não estavam se deslocando na ordem correta. Um aluno fez questão de ajudar sempre na contagem. O jogo foi repetido 4 vezes até que todos jogassem. As crianças não demonstraram grande entusiasmo ao vencer, queriam sentar na estradinha  e na casinha pra brincar. Não foi proposto nenhum tipo de registro para a turma. O registro foi feito por mim, através de fotos e de relatório.”

 PROFª MICHELLE

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*RELATO DA ATIVIDADE DESENVOLVIDA COM O INFANTIL II, NÃO SIGNIFICA QUE COM AS OUTRAS TURMAS O DESENVOLVIMENTO TENHA SIDO IGUAL.

*PARA ESTE JOGO, O DADO IDEAL É O QUE TEM APENAS CORES, ONDE AS CRIANÇAS EVOLUEM NA TRILHA CONFORME A COR TIRADA NO DADO.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

TRANSIÇÃO PARA O ENSINO FUNDAMENTAL!

DIA 10 DE SETEMBRO, TIVEMOS UM DIA MUITO DIFERENTE NA NOSSA ESCOLA… FIZEMOS UMA INTEGRAÇÃO COM OS ALUNOS DE PRIMEIRO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA PROF. DINORÁH RAMOS!!

Para diminuir a insegurança, organizamos, para os meses finais do ano letivo, conjuntos de atividades que apresentam as especificidades da fase seguinte e da fase que ficará na memória. A primeira providência foi encontrar uma instituição de Ensino Fundamental disponível para receber os pequenos e disposta a nos visitar.

Esse tipo de ação é sempre muito importante, principalmente porque demonstra por parte da escola o cuidado com a sequência do processo de desenvolvimento e aprendizagem das crianças de seis anos, e isso implica o conhecimento e a atenção às características etárias, sociais e psicológicas das crianças.

O Ensino Fundamental de nove anos

Na adaptação para o Ensino Fundamental de nove anos, primeiramente as escolas devem considerar que as crianças de seis anos se distinguem das demais, sobretudo pela imaginação, curiosidade, movimento e desejo de aprender de forma lúdica. Por isso, o MEC adverte que não se deve transferir para esse novo público os conteúdos e atividades da tradicional primeira série, para não provocar impactos negativos no processo de escolarização. Novos conteúdos e práticas adequadas à idade devem ser concebidos. O Ministério recomenda que jogos, danças, contos e brincadeiras espontâneas sejam usadas como instrumentos pedagógicos.

Nessa idade, em contato com diferentes formas de representação e sendo desafiada a delas fazer uso, a criança vai descobrindo e, progressivamente, aprendendo a usar as múltiplas linguagens: gestual, corporal, plástica, oral, escrita, musical e, sobretudo, aquela que lhe é mais peculiar e específica, a linguagem do faz-de-conta, ou seja, do brincar. Sua relação com o outro, consigo mesma e com diferentes objetos da natureza e da cultura que a circundam é mediada por essas formas de expressão e comunicação.
(Orientações para Ensino Fundamental 9 anos - MEC -p. 20)

Segundo especialistas, a ampliação do tempo de escolaridade obrigatória é um passo importante para melhorar a qualidade da educação pública brasileira. Sobretudo no sentido de promover a igualdade de condições entre as crianças das diferentes classes sociais. (Portal Promenino).

  Nosso dia foi cheio de atividades:

Começamos com um pouco de poesia:

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A transição do período imaginativo da criança para aquele de mais abstração deve ocorrer de forma tranquila…sem antecipações…

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A alfabetização deve ser entendida como um processo que tem hora para começar, mas não para acabar.

Depois, partimos para atividades na área externa:

100_3693"Agora a gente vai parar de brincar?" , perguntam as turmas da nossa escola que estão prestes a iniciar o 1º ano. A dúvida cruel de nove entre dez crianças vem acompanhada de várias outras, que evidenciam a ansiedade que essa passagem pode causar: "Vamos fazer provas?", "Quem vai ser nossa professora?", "E lição de casa, tem todo dia?".100_3697Integração com alunos mais velhos e visitas entre escolas colaboram para uma transição suave entre séries.100_3698

Além do contato com muitas novidades e com o clima de nostalgia, a interação entre crianças de diferentes estágios ajuda a desmistificar a transição.100_3710100_3720 100_3718

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Com uma “forcinha” de todos os envolvidos, as crianças percebem que a vida delas será diferente, mas que não precisam se assustar com isso.

Para finalizar, uma grande roda:

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TCHAU PESSOAL!!! FOI MUITO BOM RECEBER VOCÊS NA NOSSA ESCOLA!!!! SEMANA QUE VEM É A NOSSA VEZ DE RETRIBUIR A VISITA!!!!

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AGUARDEM!!!!!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Infantil III - Pequeno Cientistas





































“ÁGUA, Fonte de Descobertas e Aprendizagens.”

Como tudo começou...

Ao realizar algumas atividades com minha turma de infantil III (crianças de 3 e 4 anos), como brincadeiras com terra e água; pintura com água na parede externa; gelinhos na aula de culinária; misturar tintas, etc. Observei um grande interesse e curiosidade das crianças nas atividades que envolvia exploração dos elementos naturais (água, chuva, terra...) e como se surpreendiam diante das reações às misturas destes elementos em contatos com outros, causando um conjunto de fenômenos naturais ou físicos que gerava indagações e até algumas manifestações (hipóteses interpretativas).
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-Olha! Eu pinto, some... Eu pinto, some... (Ivan, surpreso com a água que evaporava da parede aquecida pelo sol, depois de um tempo que passava o rolinho molhado).


-Prô, por que as pedrinhas afundam no potinho, e os matinhos não? (Vitória M., ao fazer “comidinha” misturava água com matinhos e pedrinhas.)

-
Olha! A terra “chupa” a água... ! (
Gabriel, ao regar as plantas).
-
Nossa! Agora o leite não é mais leite! ( Matheus Rodrigues, ao misturar o suco de frutas com
o leite para faze
r o
gelinho).


-
Olha Prô! Cada vez que eu lavo o pincel, a água fica de um
a cor diferente... ( Paola, ao observar a cor da água do potinho cada vez que trocava a cor da tinta do pincel). Concluindo: - É, acontece uma mágica!


Ao observar e refletir sobre estas situações constatei que as crianças estavam interessadas não só em agir sobre os elementos, mas nas reações que causavam quando eles se misturavam. Estavam começando a perceber que quando algumas coisas são misturadas, algumas vezes, algo inesperado acontece. Foi um momento mágico, que me fez sentir a necessidade e desejo de elaborar um projeto onde pudéssemos adentrar pelo universo das ciências.

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O elemento ÁGUA foi escolhido por ser u
m fator presente em quase todas as indagações, por ser de grande atração das crianças, causar curiosidades sobre suas reações com outros elementos e também por proporcionar prazer e diversão.



Objetivos:
-Participar das atividades que envolvesse a exploração, curiosidade, investigação do ambiente imediato e a ações sobre os objeto
s testan
do suas hipóteses.
- Observação e pesquisa sobre as propriedades da ÁGUA, seus estados, características e transformações, descobrindo, investiga
nd
o e ampliando seus conhecimentos.
-Reconhecer através de observações e experimentos, certas regularidades dos fenômenos físicos e naturais, identificando os conte
xtos nos quais ocorrem relacionando com sua maneira de viver, ver e representar o mundo.
-Encorajar a criança a estruturar seus con
hecimentos de forma que fossem extensões naturais do conhecimento que elas já possuíam.
- Expressar e comunicar suas idéias, sensaçõe
s e descobertas, ampliando suas significações e forma de explicar o mundo, realizando ações cada vez mais coordenadas e intencionais em constante interação com outras pessoas com quem compartilha os novos conhecimentos.

Conteúdos:
- Propriedades da água: cor, sabor, odor.
- Difusão por movimento e absorção.
-Estado da água (congelamento/descongelamento).
-Evaporação
-Flutuabilidade (bóia ou afunda)
-Insolubilidade
-Densidade

Metodologia: (Passo a Passo)
Passando o entusiasmo do primeiro momento, ao pensar sobre os co
nteúdos que poderiam ser trabalhados partindo das curiosidades que observ
ei, me veio a preocupação de como introduzir conhecimentos tã
o complexos para crianças de 3 e 4 anos.

1ª Parte: Buscando subsídios teóricos

Ao buscar subsídios para o meu trabalho, compreendi que nesta faixa etária, as representações e noções sobre o mundo estão associadas diretamente aos objetos da realidade conhecida observada e vivenciada
, querem entender as coisas que estão ao seu redor, porque fazem pa
rte das suas vidas.

Deste modo, deveria planejar vivências e situações experimentais que partissem de suas perguntas, que tivessem relação com
seu cotidiano, mas que também os colocassem em contato com os fenômenos físicos ou naturais, s
istematizando os conhecimentos gerado, alimentando a postura investigativa e o pens
amento hipotético, sem objetivar a recitação de nomenclaturas, conceitos ou explicações causais, visto que nesta idade, a criança ainda não possui estrutura mental para tais explicações.

2ª Parte: Provocação
Intencionalmente promovi situações lúdicas onde as crianças pudessem estar em contato com a água e outros elementos:

Brincando com água, baldes e garrafas;

Dia de lavar os brinquedos;



Banho de mangueira





Culinária: fazendo limonada.
“A Poça” – Observação do ambiente e do espaço num dia de
pois da chuva;

3ª parte: Avaliação Diagnóstica

Nestas atividades manipulativas, pude observar as reações, idéias e dificuldades das crianças, assim como registrar seus comentários, perguntas e curiosidades. Observei que estas crianças traziam de suas primeiras experiências (1ºs anos) conhecimentos práticos do seu entorno, relacionado à capacidade de perceber a existência de objetos, texturas, seres, cores, formas, sons e odores, construídos através dos seus primeiros contatos com o mundo.

Esta bagagem não foi desprezada, ao contrário, teve grande valia para a análise dos conhecimentos prévios de cada um, suas hipóteses iniciais e relações que estabeleciam com os elementos, dando-me subsídios para promover seqüências de atividades que pudessem ser extensões naturais do conhecimento que já possuíam.

Observei que algumas hipóteses advinham de relações que faziam com algo que viram ou ouviram, outras eram associações de idéias e fantasias, comprovando a teoria de Henri Wallon, que nesta faixa-etária a criança possui um pensamento sincrético, caracterizado pela incapacidade de manter certa coerência em seu discurso, num pensamento confuso e mesclado, revelando uma descontinuidade e fragmentação de idéias. (Galvão, 2008).

- A bucha bebeu toda á água da bacia! / Quando a gente passa o pé no chão molhado, faz “liso”. (referindo-se quando arrasta o pé na lama / Olha prô! As rodinhas do meu carrinho, “faz rua” no chão e depois ela some. ( referindo-se as marcas deixadas pelas rodinhas molhada no chão) / Olha! eu lá dentro da poça (referindo-se ao reflexo na poça d água) /De onde vem a chuva?/ A chuva vem do Sol / Não, o anjinho tava chorando. / Por que a árvore pode molhar a gente se não está chovendo?/ Por que meu pé afunda na grama molhada? / Por que a terra fica “molinha” depois da chuva?

4ª Parte: Mapeamento

Estas problemáticas me serviram de subsídio para fazer o mapeamento dos conteúdos que possivelmente seriam trabalhados no projeto.

A partir de então as atividades seguiram seqüências com intencionalidade educativas, conteúdos planejado e organizado, com níveis crescente de complexidade, para que pudesse acompanhar os avanços dos pensamentos e hipóteses das crianças.

Esclareço que embora o objetivo do meu projeto fosse trabalhar os fenômenos através de atividades de conhecimento físico, minha intenção não era ensinar conceitos, princípios ou explicações científicas, mas sim fornecer oportunidades para que as crianças agissem sobre os objetos e observassem como estes reagem, construindo a base para seus conhecimentos científicos.

Confesso, tive que buscar novas bibliografias para me subsidiar com meu objeto de estudo, ampliar meus conhecimentos em relação aos aspectos do ensino/aprendizagem de Conhecimento Físico na educação infantil e química, pois os meus, no momento, considerei insuficientes para dar-me o suporte necessário que o projeto necessitava.

5ª parte: Introdução das Sequencias Didáticas - Propriedades da água.

A primeira atividade da seqüência foi “Refazendo refresco”, onde o objetivo agora era trabalhar as propriedades da água: A água tem cor? Sabor? Cheiro? É Possível mudarmos o cheiro, a cor e o gosto da água? Como? Dei a cada um dois copinhos descartáveis transparentes, um com água, outro com refresco em pó e deixei que explorassem, fazendo tentativas até chegarem à transformação. Foi uma atividade exploratória que ajudou as crianças a estabelecer relações, refletir sobre a ação/transformação dos elementos quando misturados.

6ª parte: A Difusão

O próximo conteúdo trabalhado foi a Difusão, onde apliquei atividades que permitiu lidarem com transformações decorrentes de mistura de elementos, observando os diferentes resultados. A atividade era “colorindo garrafas”, o conteúdo foi difusão por movimento. Enchemos garrafas pet transparentes com água e pingamos dentro de cada uma delas anilina líquida de cores diferentes, deixei que observassem as gotas do corante descendo lentamente pela garrafa, perguntei a eles porque toda a água não ficava colorida e o que seria preciso para isso acontecer, deixei-os explorar até descobrirem que seria possível misturar se movimentassem a garrafa. Começaram a rolar suas garrafas pelo chão, observando encantados, a difusão da cor. Depois colocamos nossas garrafas na janela, toda vez que o sol batia na janela, deixava lindos reflexos coloridos no chão da sala. (descobriram o reflexo!).


Para trabalhar o conteúdo de difusão por absorção, realizamos duas atividades: “Pintura na chuva”, onde com algodão, passaram cores variadas de anilina em pó no papel e o colocamos na chuva, observando o fenômeno que ocorria quando caia a água sobre o papel, num processo de difusão. Ficavam maravilhados! Na outra atividade, umedeci a cartolina e deixei que pingassem a anilina liquida, que quando absorvida pelo papel úmido, se ramificava, criando belas nuances. Cada atividade era acompanhada de perguntas que levava as crianças a observarem e refletirem sobre o fenômeno ocorrido.

7ª parte: Congelamento/Descongelamento

O próximo conteúdo trabalhado foi referente aos estados de Congelamento/Descongelamento da água. A água é uma substância única porque pode apresentar-se em três diferentes estados: água mesmo (liquido), gelo (sólido) ou vapor (um gás). A criança nesta idade, ainda não compreende as causas relacionadas à temperatura que faz ocorrer esta transformação, mas sente muita curiosidade e interesse em explorá-la seja qual for seu estado.

As atividades desenvolvidas para este conteúdo foram: Pintura com cubos de gelo colorido, gelo derretido ao sol e Gelatina. As Artes Plásticas e Culinárias estiveram muito presente no decorrer do projeto, visto que nesta faixa-etária as crianças usam os materiais mais para exploração, sem objetivar um produto final, deste modo, estas atividades acabam favorecendo o conhecimento-físico. Colocamos água colorida nas forminhas e estas no congelador, no dia seguinte, questionei como encontraríamos a água, deixando que cada um expressasse sua hipótese para trabalhar o pensamento dedutivo. Adoraram a sensação de pintar com o gelo e os efeitos que este fazia no papel conforme ia derretendo. Na segunda atividade, fomos para a área externa e dei gelos coloridos para que colocassem sobre uma cartolina e a cartolina ao sol, o objetivo era observar à reação do gelo, que derretia misturando as cores formando belos efeitos. As crianças observaram que os mesmos materiais podiam produzir efeitos diferentes.

As perguntas e comentários que surgiram na atividade do gelo: - Cadê o gelo que caiu no chão?- Por que ele ficou pequeno? Por que dói a mão quando o seguramos? Porque virou água? O vento faz o gelo derreter... -Não é! É o sol. -Ele tem água lá dentro! É, sorvete também derrete, mas a gente pode chupar...

Na atividade da gelatina, trabalhamos a mudança do estado dos elementos, as transformações de pó, depois a mistura do pó com a água e do estado líquido para o sólido. As crianças sabiam que para endurecer a gelatina é preciso colocá-la no refrigerador, mas não compreendem que o responsável por este processo é a temperatura. Alguns também sabiam que este processo dura um tempo, pois só poderíamos comê-la no dia seguinte. Matheus R. descobriu que a gelatina também pode refletir.