Escola Municipal de Educação Infantil "PROFª IVONNE DOS SANTOS DIAS" Bragança Paulista - SP

sábado, 29 de outubro de 2011

II DIA DA EXPERIMENTAÇÃO SUSTENTÁVEL

Pelo segundo ano consecutivo vivenciamos na escola Ivonne uma experiência marcante no mês de outubro! Organizamos nosso II DIA DA EXPERIMENTAÇÃO SUSTENTÁVEL. Mais uma vez a comunidade foi convidada a Vivenciar situações além de simplesmente saborear uma experiência, exigiu deles que se arriscassem no imprevisto da experimentação!
Durante o ano de 2011 trabalhamos os princípios da Carta da Terra com as crianças, funcionários e comunidade, decidimos portanto que neste dia especial todas as nossas ações girassem em torno destes princípios. Aproveitamos para comemorar o Dia das Crianças de uma maneira bem `ivonneana` visto que para nós, o melhor presente que uma criança pode receber é vivenciar uma experiência marcante ao lado de suas famílias. Reforçamos assim ainda mais nosso currículo com a comunidade, explicitamos a importância do brincar e estabelecemos nosso compromisso de formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros.
O EVENTO
Apesar da semana ter sido chuvosa e cinzenta, fomos brindados com um sábado ensolarado e caloroso, certamente o universo conspirou para que tudo fosse perfeito…
Todos que chegavam eram acolhidos e presenteados com o``kit Ivonne`` que consistia numa sacola retornável e uma caneca permanente.
Ao adentrarem à escola puderam apreciar uma exposição onde estavam documentadas as etapas do trabalho pedagógico de cada turma dentro do que intitulamos ``Projeto Vivências``. Assim os pais e todos que nos visitaram, por intermédio desses registros, tiveram condições de conhecer situações vivenciadas pelo filho que até então desconheciam, ou que ainda não conheciam por inteiro.
100_6689100_6692
Após circularem pelo pátio de convivência observando os grandes murais expositivos todos foram convidados a assistirem o vídeo ``Expedição Fotográfica: Princípios da Carta da Terra``,vídeo construído pela equipe pedagógica focando todo o trabalho do Projeto Vivências através de imagens autoexplicativas dos alunos em plena ação.
PICT0222
Ao termino do vídeo e de serem provocados a pensar na sustentabilidade, todos os presentes participaram de um momento interessante, uma RODA. A roda, hábito entre nossos alunos, foi a princípio apresentada aos pais. Muitas mães fotografando, pais orgulhosos…
Foi grande a surpresa quando todas as famílias foram convidadas a participar também da roda! As crianças ficaram bastante orgulhosas em convidar seus pais para participar da brincadeira, que a princípio ficaram inseguros mas aos poucos deixaram a vergonha de lado e se divertiram imensamente nesta experiência. O pátio da nossa escola ficou pequeno para acolher tantas pessoas, mas o calor humano transbordou e todos participaram intensamente.
PICT0245
Ao terminarem a roda dividimos os participantes em 4 equipes, (Cada equipe liderada por 2 professoras) o objetivo seria enfatizar que a brincadeira é a mais indicada forma de aprender e que podemos abrir mão dos brinquedos convencionais e nos valer de materiais não estruturados e sustentáveis como sucata, papelão... imaginação e criatividade. Assim, cada família construiu o presente de dia das crianças junto com seu filho, valendo-se de materiais reaproveitados e não convencionais. Tivemos oficinas de PIPA, MASSINHA CASEIRA, PETECA e MARCADORES DE LIVROS. Permitimos que as crianças e suas famílias experimentassem, se divertissem e confraternizassem... Simplesmente isso! Fizemos ao final uma reflexão coletiva do quanto as experiências infantis são importantes ao desenvolvimento da criança e do quanto o consumismo exacerbado pode atrapalhar a convivência entre pais e filhos.
100_6608100_6610
Ao terminarem a confecção nas oficinas iniciou-se o momento do brincar em família! Demos como opção brincar no parque, escorregar no barranco com papelão, pintar a parede com rolo e água e subir e descer o barranco com terezas feitas de cordas amarradas em árvores ao redor da escola. Foi uma loucura!!
As famílias terminaram a experiência sujas, cansadas e felizes!
PICT0409PICT0430PICT0433
PICT0443
De volta ao pátio de convivência participaram da inauguração da Sala de Leitura Maurício de Souza e da reinauguração do nosso refeitório, que agora terá um aspecto de restaurante, enfatizando o prazer de comer com independência, responsabilidade e em comunhão com os companheiros.
PICT0170PICT0115
Para finalizar, todos se serviram do ``Combo Ivonne`` (lanche natural, suco na caneca permanente e picolé de frutas) ao som de uma dupla sertaneja (tradição cultural da nossa região).
PICT0497
Com esse evento deixamos claro que podemos trabalhar as questões ambientais com crianças de todas as idades, deixamos evidente também que o meio ambiente vai muito além de falar com as crianças sobre reciclagem e plantar feijões em potes de iogurte. Meio ambiente diz respeito aos relacionamentos, ao convívio saudável, ao bem estar familiar, ao entendimento real do mundo capitalista, à posturas e atitudes, às tradições culturais…
Não somos contra o Dia das Crianças, nem queremos dizer que nossa escola é melhor porque não oferece presentes às crianças nesta data, queremos apenas compartilhar uma maneira um pouco mais sustentável de comemorar uma data tão marcante.
CONFIRA NOSSA GALERIA DE IMAGENS:
100_6530100_6691
100_6696
100_6546
100_6568
100_6575100_6585
100_6607100_6611PICT0353
PICT0334
PICT0372PICT0452PICT0464PICT0425PICT0438100_6623
100_6578
100_6634100_6644
PICT0172
Equipe responsável pela festa!!
100_6619100_6642PICT0098100_6656100_6664
AGRADECIMENTO ESPECIAL ÀS MÃES PARCEIRAS QUE AJUDARAM PRA QUE TUDO DESSE CERTO!!
PICT0006PICT0086
FAMÍLIAS!!
100_6516100_6517100_6519100_6520100_6524100_6583100_6614100_6620PICT0126PICT0129PICT0130PICT0133PICT0134PICT0392PICT0136PICT0139PICT0142PICT0234
É preciso registrar!!!!
100_6639PICT0114100_6701100_6702100_6703
100_6653
ATÉ A PRÓXIMA!!!!
saida 2

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Critérios para o atendimento em creches!

Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças

Nossa escola está sempre se renovando e buscando atingir, concreta e objetivamente, um patamar mínimo de qualidade que respeite a dignidade e os direitos básicos das crianças. Buscamos sempre usar de uma linguagem direta e fundamentada, visando um atendimento que garanta o bem estar e o desenvolvimento das crianças.

Além de atendermos crianças entre O e 5 anos de idade em turmas de meio período, temos também um número grande de crianças entre 0 e 3 anos que conosco estudam em tempo integral. A modalidade creche, as­sim, caracteriza-se aqui, pela presença de crianças menores de 4 anos e pelas longas horas que permanecem diariamente na escola.

Sendo assim, após sistemáticos estudos em HTPs (horário de trabalho pedagógico) nos últimos 2 anos, pudemos trazer à nossa prática contribuições importantes para o entendimento do significado das interações e das vivências da criança pequena e o papel que isso desempenha em seu desenvolvimento psicológico, físico, social e cultural.

Firmamos então propostas de compromisso que foram assumidas e traduzidas em práticas que respeitam nossas crianças.

Todo o trabalho da escola procura sempre responder a perguntas básicas sobre os direitos das crianças. Veja um exemplo disso no dia-dia das salas de aula das professoras Michelle e Lia, das turmas de infantil II e III respectivamente:

ESTA ESCOLA RESPEITA A CRIANÇA?

  • Nossas crianças têm direito à brincadeira?

100_6327PICT0030

PICT0187

102_4677

  • Nossas crianças têm direito à atenção individual?

PICT0234

  • Nossas crianças têm direito a um ambiente aconchegante, seguro e estimulante?

100_6434

100_6305

  • Nossas crianças têm direito ao contato com a natureza?

PICT0151PICT0433

  • Nossas crianças têm direito a uma alimentação sadia a higiene e à saúde?

PICT0202

100_6461

  • Nossas crianças têm direito a desenvolver sua curiosidade, imaginação e capacidade de expressão?

100_6333100_6352

  • Nossas crianças têm direito ao movimento em espaços amplos?

102_4598

  • Nossas crianças têm direito à proteção, afeto e à amizade?

Cópia de PICT0009102_5540

  • Nossas crianças têm direito a expressar seus sentimentos?

PICT0158

PICT0129

100_6353

PICT0036
  • Nossas crianças têm direito a uma especial atenção durante seu período de adaptação à creche?

PICT0079PICT0081PICT0084

E a sua escola? Respeita os direitos das crianças?

Até a próxima!!!

  • Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças – Ministério da educação e desporto- Secretaria da educação fundamental. Organizado por Fúlvia Rosemberg e Maria Malta Campos.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

II Dia da Experimentação Sustentável

A Escola Ivonne convida a todos

para a segunda edição do evento

sustentável mais esperado do ano:

clip_image001[4]clip_image002[4]clip_image003[4]clip_image005[4]

clip_image006[4]clip_image008[4]

clip_image002

Venha participar!!!

*Confira como foi a primeira edição

no nosso blog!!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

PROJETO SENSAÇÕES - A APRENDIZAGEM A PARTIR DAS VIVÊNCIAS.

"Um corpo se constrói junto com a personalidade. Nossos sentidos participam dessa construção.” André Trindade.
Um pátio vazio!
Um pátio frio!
Um pátio sem ruído!
Um pátio sem ‘sujeira’!
... um pátio vazio.
Vazio e frio em sua aridez educativa, em sua pouca mobilidade e possibilidades.
Se o ambiente for mesmo (e acredito que o seja) o terceiro educador, o que dirá um pátio assim?
É preciso que esse lugar se ‘aqueça’, se encha. É preciso que provoque. É preciso que estimule.
Ao pensar em reaprender a olhar as possibilidades educativas, o espaço da escola surge como uma problemática a ser considerada e rotineiramente revista.
Surgiu-me então a ideia de trabalhar os espaços envolvendo a problemática sensorial.
Parto para tanto de algumas indagações:
O que pretendo despertar nas crianças a partir do ambiente espacial que vivenciam na escola?
O que os espaços e sua organização têm a oferecer enquanto educador na Educação Infantil?
Desde já surgem várias respostas às essas indagações, mas baixando um pouco as expectativas de aprendizagem muito amplas, preferi e, ainda prefiro ficar no nível sensorial de crianças de 4-5 anos e procurar descobrir sua leitura de mundo através de suas observações a respeito do espaço vivido.
Como trabalho (e que trabalho me espera!) venho com o objetivo de causar-lhes estranhezas sensoriais e com isso despertar-lhes a motivação e a curiosidade em descobrir o espaço geográfico onde estão inseridos para além do que a visão lhes mostra, ou seja, fechar os olhos, mas deixar a mente aberta.
Assim, com e para eles, buscarei e criarei situações em que a escola se tornará um espaço de sensações.
O gatilho para esse trabalho já foi dado e várias discussões a respeito do ser humano já estão ocorrendo.
Na sequência de fotos, exponho imagens que abrem um leque de possibilidades didáticas que merecem atenção, mas como o foco principal será a ação de dar-lhes voz e vez, talvez seja necessário ajustar e/ou criar novos estímulos.
Com certeza será fabuloso o resultado dessas vivências, nas quais a criança terá muita VOZ.
Professora Débora
Infantil IV-B

sábado, 9 de abril de 2011

Educação Indígena

O que (não) fazer no Dia do Índio

Na data em homenagem aos primeiros habitantes do Brasil, uma série de estereótipos e preconceitos costuma invadir a sala de aula. Saiba como evitá-los e confira algumas propostas de especialistas de quais conteúdos trabalhar

Ricardo Ampudia (novaescola@atleitor.com.br)

Mais sobre Educação Indígena

O Dia do Índio é comemorado em 19 de abril no Brasil para lembrar a data histórica de 1940, quando se deu o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. O evento quase fracassou nos dias de abertura, mas teve sucesso no dia 19, assim que as lideranças indígenas deixaram a desconfiança e o medo de lado e apareceram para discutir seus direitos, em um encontro marcante.

Por ocasião da data, é comum encontrar nas escolas comemorações com fantasias, crianças pintadas, música e atividades culturais. No entanto, especialistas questionam a maneira como algumas dessas práticas são conduzidas e afirmam que, além de reproduzir antigos preconceitos e estereótipos, não geram aprendizagem alguma. "O índigena trabalhado em sala de aula hoje é, muitas vezes, aquele indígena de 1500 e parece que ele só se mantém índio se permanecer daquele modo. É preciso mostrar que o índio é contemporâneo e tem os mesmos direitos que muitos de nós, 'brancos'", diz a coordenadora de Educação Indígena no Acre, Maria do Socorro de Oliveira.

Saiba o que fazer e o que não fazer no Dia do Índio:

1. Não use o Dia do Índio para mitificar a figura do indígena, com atividades que incluam vestir as crianças com cocares ou pintá-las.

Faça uma discussão sobre a cultura indígena usando fotos, vídeos, música e a vasta literatura de contos indígenas. "Ser índio não é estar nu ou pintado, não é algo que se veste. A cultura indígena faz parte da essência da pessoa. Não se deixa de ser índio por viver na sociedade contemporânea", explica a antropóloga Majoí Gongora, do Instituto Socioambiental.

2. Não reproduza preconceitos em sala de aula, mostrando o indígena como um ser à parte da sociedade ocidental, que anda nu pela mata e vive da caça de animais selvagens

Mostre aos alunos que os povos indígenas não vivem mais como em 1500. Hoje, muitos têm acesso à tecnologia, à universidade e a tudo o que a cidade proporciona. Nem por isso deixam de ser indígenas e de preservar a cultura e os costumes.

3. Não represente o índio com uma gravura de livro, ou um tupinambá do século 14

Sempre recorra a exemplos reais e explique qual é a etnia, a língua falada, o local e os costumes. Explique que o Brasil tem cerca de 230 povos indígenas, que falam cerca de 180 línguas. Cada etnia tem sua identidade, rituais, modo de vestir e de se organizar. Não se prenda a uma etnia. Fale, por exemplo, dos Ashinkas, que têm ligação com o império Inca; dos povos não-contatados e dos Pankararu, que vivem na Zona Sul de São Paulo.

4. Não faça do 19 de abril o único dia do índio na escola

A Lei 11.645/08 inclui a cultura indígena no currículo escolar brasileiro. Por que não incluir no planejamento de História, de Língua Portuguesa e de Geografia discussões e atividades sobre a cultura indígena, ao longo do ano todo? Procure material de referência e elabore aulas que proponham uma discussão sobre cultura indígena ou sobre elementos que a emprestou à nossa vida, seja na língua, na alimentação, na arte ou na medicina.

5. Não tente reproduzir as casas e aldeias de maneira simplificada, com maquetes de ocas

"Oca" é uma palavra tupi, que não se aplica a outros povos. O formato de cada habitação varia de acordo com a etnia e diz respeito ao seu modo de organização social. Prefira mostrar fotos ou vídeos.


6. Não utilize a figura do índio só para discussões sobre como o homem branco influencia suas vidas

Debata sobre o que podemos aprender com esses povos. Em relação à sustentabilidade, por exemplo, como poderíamos aprender a nos sentir parte da terra e a cuidar melhor dela, tal como fazem e valorizam as sociedades indígenas?

Fonte: Revista Nova Escola - Publicado em ABRIL 2011