Escola Municipal de Educação Infantil "PROFª IVONNE DOS SANTOS DIAS" Bragança Paulista - SP

domingo, 16 de maio de 2010

Formação e atualização: Nosso compromisso

Ainda que muitos não percebam, vivemos num momento de profundas transformações, não se sabe ao certo para onde se caminha e nem qual o caminho a trilhar, mas somos remetidos a repensar nossos valores e atitudes.

Nesse contexto incerto, o papel do profissional da educação precisa ser repensado. Segundo Gadotti (1998), faz-se mister que o professor se assuma enquanto um profissional do humano, social e político, tomando partido e não sendo omisso, neutro, mas sim definindo para si de qual lado está. Posicionando-se então este profissional não mais neutro, à uma consciência crítica que supere o senso comum, todavia não o desconsiderando.

Portanto, nós que estamos envolvidos com a educação, estejamos atentos aos movimentos e discussões que podem mudar a faceta da nossa história.

A equipe de educadores da escola Ivonne, tem como compromisso e objetivo, estar atualizada, colocando em pauta tais discussões e reflexões, para assim fazer as conexões com a prática pedagógica.

28/04 - FORUM: EDUCAÇÃO INFANTIL COMO POLÍTICA PÚBLICA DE EDUCAÇÃO - UNICAMP

A profesora Elaine Faria esteve no evento representando nossa escola.

PAINEL I

Política Nacional de Educação Infantil: pelo direito das crianças de zero a seis anos à Educação.
Rita Coelho
Coordenadora Geral da Educação Infantil do MEC - Brasília

Educação Infantil e Família: perspectiva jurídica desta relação na garantia do direito à educação
Luís Antonio Miguel Ferreira
Promotor de Justiça - SP
Finanças municipais e financiamento da Educação Infantil
Jorge Abrahão de Castro
Diretor de Estudos Sociais do IPEA - Brasília

PAINEL II

O investimento na primeira infância: Argumentos e recomendações
Vera Melis
Vice presidente da Organização Mundial da Educação Pré-escolar - OMEP-SP; Coordenadora da UNESCO/São Paulo (2005-2009)
Plano Nacional para a primeira infância: o olhar político e articulador social
Vital Didonet
Assessor da OMEP - Brasil

A formação do professor de educação infantil como prioridade em Políticas Públicas
Roberta Rocha Borges
Diretora da Divisão de Educação Infantil e Complementar da UNICAMP - DEdIC/DGRH
A Educação Infantil de Reggio Emília na Itália: algumas reflexões sobre Políticas Públicas
Ana Teresa Gavião – Presidente da Organização Mundial da Educação Pré-escolar - OMEP - Jundiaí/SP
Valéria Andreatto – Presidente da OMEP – São Paulo/SP

OBJETIVO: Debate sobre a formulação e a implementação de políticas de educação infantil, envolvendo tomadores de decisão das esferas federais e municipais, implementadores, professores, pesquisadores e representantes.

Eleger as ferramentas para que nós possamos mudar a faceta da nossa história

O QUE FOI DISCUTIDO: A educação infantil está sendo discutida no mundo, muitos países, Europa, Japão e EUA, a educação infantil já tem uma identidade, uma cultura de infância e outros, como o Chile, estão no caminho transformando sua política pública educacional.

A educação infantil no Brasil possui muitas fragilidades, tem uma estrutura carente o que leva a ser envolvida por jogos políticos, mas a maior desta fragilidade, é a CONCEPÇÃO de educação infantil que advém dos próprios educadores.

Mas como podemos mudar ?

Discutindo a nossa concepção de educação infantil

É muito triste saber que nossos educadores ainda têm uma concepção retrógrada de educação infantil, ou seja, aquela em que vê a criança como um sujeito inacabado, em falta, que precisa somente de proteção e assistencialismo.
A criança é um sujeito social, produtor de cultura, capaz de criar teorias, interpretações e são co-protagonista na construção do processo do seu desenvolvimento.

Se a educação infantil é considerada a 1ª etapa da educação básica escolar institucional, então devemos valorizar a APRENDIZAGEM dessa criança.

O projeto político pedagógico da escola não pode ser baseado no improviso, no voluntariado. Ele tem que ter METAS, INTENSIONALIDADE, um currículo, que afirma esta etapa como o FUNDAMENTO a ESTRUTURA de vida desse sujeito em construção. Quando nós educadores, estivermos convictos dessa verdade estaremos, prontos para mudar a nossa realidade.

Currículo da educação Infantil: O eixo tem que ser a BRINCADEIRA e a INTERAÇÃO, não é ensino e nem transmissão de conhecimento. Deve-se priorizar o BEM ESTAR dessa criança, ela tem que se sentir acolhida e feliz neste espaço.

A Educação Infantil tem que ser uma das Competências dentro do órgão institucional da educação no país. ( O que ainda não é ! )

PLS 414/08: – crianças de cinco anos no ensino fundamental- Esta lei fere a identidade da educação infantil

A responsabilidade da ação educativa é do professor, mas a garantia desse direito não é do professor, mas das políticas publicas.
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“Está claro que as escolas brasileiras – públicas e
particulares – não oferecem grandes desafios intelectuais aos
estudantes. No lugar disso, não é raro que eles passem até
uma hora copiando uma lição da lousa, à moda antiga, como
se estivessem num colégio do século XIX. Ao fazer
mediações sobre como o tempo de aula é administrado nos
colégios que visitei, chamaram me a atenção ainda a
predominância do improviso por parte dos professores, os
minutos preciosos que se esvaem com a indisciplina e a
absurda quantidade de trabalhos em grupo . Eles consomem
algo como 30% das aulas e simplesmente não funcionam. A
razão é fácil de entender: só mesmo um professor muito bem
qualificado é capaz de conferir eficiência ao trabalho em
equipe ou a qualquer outra atividade que envolva o intelecto.
E o Brasil não conta com esse time de professores de alto
padrão. Ao contrário. O nível geral é muito baixo.”
Carnoy M., Revista Veja, setembro de 2009

Três grandes focos para alcançar a qualidade da educação infantil :

-Necessidade de professores capacitados
-Máximo 15 crianças por turma
-Espaço estimulante de aprendizagem

Galeria

Momento Cultural : contadora de Histórias


Veras Melis


Vital Didonet


Mesa de Debate

Centro de Convenções Unicamp


11/05 - Forum SM de Educação: A sala de aula em transformação: espaço de aprendizagem e participação.

Ives de La Taille e Saul Neves de Jesus discutem novos caminhos para a escola, durante o Fórum SM de Educação, realizado nesta terça-feira dia 11 de maio em São Paulo, no Memorial da América Latina. E como não poderia deixar de ser diferente, a Escola Ivonne tambem foi representada neste evento.

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O evento teve como objetivo discutir o modelo de aula mais adequado para as novas gerações de alunos que apresentam características culturais e cognitivas diferentes, como, por exemplo, dificuldade de se concentrar por longo tempo e familiaridade com a linguagem multimídia. Para debater essa nova realidade, foram convidados dois expoentes da educação, Saul Neves de Jesus e Yves de La Taille.
Uma nova aula para as novas gerações: a didática da escola do século XXI foi o tema de Saul Neves de Jesus, pesquisador, professor e doutor em Psicologia da Educação (1996) pela Universidade de Coimbra e professor catedrático do Grupo de Psicologia da Universidade do Algarve, em Portugal.
Yves de La Taille fez a palestra Convivência, diálogo, participação: condição de aprendizagem. Vencedor do prêmio Jabuti de 2007 pela publicação de Moral e ética, dimensões educacionais e afetivas, Yves de La Taille é professor titular do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo e desenvolve pesquisas na área da Psicologia Moral, com livros publicados sobre o tema.

Yves de La Taille, abordou temas que nossa escola considera cruciais para uma educação de qualidade: a perspectiva da autonomia e da liberdade e não apenas da memorização, respeito moral e ético e auto-disciplina, o que faz a escola para alfabetizar moralmente nossos alunos nesta sociedade do consumo imediato, e a necessidade de a escola se posicionar frente ao fenômeno social da fragmentação e perda de sentido. “A escola pode ser uma usina de sentidos, onde não ensinamos apenas as respostas, mas sim provocamos as perguntas”.

GALERIA:
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É preciso confiar nessas mudanças e esperar o inesperado, pois como nos diz Edgar Morin (2001, p. 92):

Na história, temos visto com freqüência, infelizmente, que o possível se torna impossível e podemos pressentir que as mais ricas possibilidades humanas permanecem ainda impossíveis de se realizar. Mas vimos também que o inesperado torna-se possível e se realiza; vimos com freqüência que o improvável se realiza mais do que o provável; saibamos, então, esperar o inesperado e trabalhar pelo improvável.

ATÉ O PRÓXIMO!!
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