Escola Municipal de Educação Infantil "PROFª IVONNE DOS SANTOS DIAS" Bragança Paulista - SP

terça-feira, 30 de junho de 2009

SEMANA MALUCA


Entre os dias 22 e 26 nossa festança ficou por conta da
Semana maluca!!!!

Uma semana de muitas maluquices, onde cada dia as crianças
(e professores!) tiveram que vir com um traje "maluco". Todo mundo entrou na dança... As crianças adoraram (e nós tambem!), foi pura diversão!!

Confiram:
Dia do Pijama

Detalhe. Olhem as Pantufas...

Dia do traje Caipira



Dia do Cabelo Maluco


Esta turma é animada!!!

Profªs Claudia, Marcia, Micheli e Viviane.


Minha Avó ( Avô) usava.
Um Desfile que resgatou Culturas...


Dia do Contrário
Blusa e calça no avesso e sapatos trocados... cada uma!!


Nossa festança durou a semana toda! Foi uma Belezura!!

Aguardem nossas comemorações do 2º Semestre!!!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

RECREIO JUNINO CULTURAL!!!

DANÇANDO CATIRA!!!
Os alunos do infantil V " A" realizaram, a primeira apresentação de danças típicas do Brasil; essa dança faz parte do assunto trabalhado em classe, dentro do projeto Um giro pelos ritmos do Brasil, sobre os ritmos e danças folclóricas.
A apresentação foi a CATIRA. A escolha dela, se deu por estarmos no mês de junho, época de festas juninas.
A CATIRA OU CATERETÊ é típica do interior do Brasil em área de influência caipira como, – Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e Goiás.
É de origem híbrida, com influências indígenas, africanas e européias.
O ritmo musical é marcado pela batida dos pés e das mãos dos dançarinos.
Antes era dançada somente por homens, hoje pode ser homens e mulheres ou somente mulheres.
É apresentada com a participação de dois violeiros e dez dançadores organizados em fileira opostas.


Assistam o Vídeo

sábado, 20 de junho de 2009

DEU SAMBA NA IVONNE!!

Quarta-feira dia 17, recebemos na escola a visita do papai do Vinicius Augusto com seu amigo Tiago .
Como a Turma do Infantil IV tem trabalhado o ritmo do Samba, foi feito um convite ao papai do aluno Vinicius Augusto, que é puxador de Samba de uma escola de samba do município, para vir fazer uma apresentação pra gente... Foi só folia!!!
Depois de tocarem e cantarem pra gente, liberamos a bandinha pras crianças acompanharem o ritmo...Olha só no que deu...

FAMÍLIA NA ESCOLA

É possível estreitar a relação com a família e formar uma parceria produtiva!

Teatro de Fantoches!

Sheila, Mamãe do aluno Rafael, participou levando uma peça de teatro de fantoches. Todas as dicas sobre a imprtância da higiene... A-MA-RAM!!

Uma das metas presente no nosso projeto político pedagógico é a parceria com os pais e comunidade.

Então, abrimos a porta da escola aos pais!! E tem sido uma experiência valiosa!

Fizemos o convite e os interessados marcam uma data para participar com alguma atividade específica ou apenas deixando-os à vontade para participar um dia da rotina da classe do seu filho(a).

Veja o registro de algumas participações:


"Leitor de Histórias"


José, pai do Efrain, veio ler histórias... para todas as turmas... os bebês adoraram!

Contadora de "Causos"

Dora, Vové do Everton, veio contar "causos antigos", a turminha nem pisca!

"Dinâmica"

Carla, Mãe da Camilly, participando, "Qual é o Compromisso da Escola? E o dos Pais?"

Depoimentos..

Os pais do Paulo, deixando uma mensagem...

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Contato com a Sétima Arte!!


A arte não imita a vida, mas a recria; ela possibilita um outro lugar do real que, quando levado para além das fronteiras entre o real e o ficcional, acaba por criar essa maravilha chamada CINEMA!

A escola “Ivonne” inovou mais uma vez, resolvemos oferecer à comunidade a oportunidade de participar de uma sessão de cinema! O clima não poderia ser melhor: friozinho, pipoca e um filme brasileiro maravilhoso!!!! Na verdade esta iniciativa surgiu junto com o projeto “Brasilidade” que estamos desenvolvendo este ano, este projeto pretende entre outras coisas aproximar nossa comunidade da cultura do nosso país, das tradições e do folclore, através das diversas linguagens artísticas.

O FILME ESCOLHIDO:
Tapete Vermelho:


Sinopse:
Quinzinho (Matheus Nachtergaele) mora em uma roça bem distante de qualquer cidade grande. Decidido a cumprir uma promessa, ele decide levar seu filho Neco (Vinícius Miranda), de 9 anos, para assistir a um filme estrelado por Mazzaropi em uma sala de cinema, assim como fez seu pai quando era garoto. Desejando cumprir a promessa a qualquer custo, Quinzinho, sua esposa Zulmira (Gorete Milagres), Neco e o burro Policarpo viajam pelas cidades em busca de um cinema que possa exibir o filme.




O PÚBLICO:
Pais de alunos, comunidade, professores e funcionários da Ivonne e Professores e alunos da EJA “Prof. Dinorah Ramos”: convidados especiais!!


IDENTIDADE E AUTONOMIA!!!!

A construção da identidade e da autonomia diz respeito ao conhecimento, desenvolvimento e uso dos recursos pessoais para fazer frente às diferentes situações da vida.

PROCESSOS DE FUSÃO E DIFERENCIAÇÃO

A exploração do corpo e dos movimentos, assim como o contato com o corpo do outro, são fundamentais para o primeiro nível de diferenciação do EU. É por meio dos primeiros cuidados que a criança percebe seu próprio corpo como separado do corpo do outro, organiza suas emoções e amplia seus conhecimentos sobre o mundo. O outro é assim, elemento fundamental para o conhecimento de si.


Cabe à escola oferecer oportunidades para que o processo de construção da identidade aconteça.


Infantil II da profª Márcia dando banho e cuidando das bonecas:



Infantil III "B" da profª Elaine: "Reflexões" diante do espelho:

Construindo personagens:

ESTUDANDO O PEIXE BETA!!!!

A turma do infantil IV "B", da professora Michelle, estudou nestes últimos meses a vida e os hábitos dos peixes BETA. Este estudo foi conduzido pela professora com muito cuidado e envolveu: levantamento de conhecimentos prévios, pesquisas em diversas fontes, caderno ponte(os pais tiveram a oportunidade de escrever no caderno ponte todas as experiências referentes ao peixe Beta através do relato de seus filhos), produção de textos informativos (que eram espalhados pela escola), cuidado e atenção com o aquário do peixe Bolinha na escola e em casa (Isso mesmo, o peixe Bolinha foi dormir uma noite na casa de cada criança!! Em casa os pais deveriam observar como a criança cuidou do Bolinha e escrever a experiência no diário Vida de Peixe .)

Apresentação das informações obtidas com o estudo dos Peixes Beta:

Todo mundo participa!!!!!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Chegou a festa junina!


Conheça os significados e a origem dessa tradição popular
Hoje tem casamento na roça! Prepare a pipoca, esquente a canjica e corra para o arraial, mas não pule a fogueira, nem solte balões -- começou a festa de São João! Todo ano é a mesma coisa: quando chega o mês de junho, iniciam-se os festejos! É hora de tirar do armário aquela velha roupa no estilo caipira, ensaiar a quadrilha, comprar estalinhos e esperar pelas barracas repletas de comidas gostosas e jogos divertidos. A festa junina, sem dúvida, é uma tradição muito antiga. Mas você sabe como ela começou?
Antes da era cristã, alguns povos antigos -- persas, egípcios, celtas, sírios, bascos, sardenhos, bretões e sumérios -- faziam rituais para invocar a fertilidade de suas plantações. Eles acendiam fogueiras para espantar os maus espíritos e desejavam obter uma boa safra. Isso acontecia em junho, época em que se inicia o verão no hemisfério norte. Esses festejos se perpetuaram. Mais tarde, passaram a ser seguidos não só pelos camponeses, mas também pelos homens da cidade na Europa.

No entanto, os rituais eram considerados pagãos pela Igreja Católica. Como não era possível dar fim a uma tradição tão antiga, a Igreja adaptou essa celebração a seu calendário de festividades no século 4. Estava iniciada a Festa Joanina, que recebeu este nome em homenagem a São João Batista, um dos santos mais importantes celebrados em junho -- os outros são Santo Antônio (no dia 13) e São Pedro (no dia 29).

Segundo a religião, quando São João Batista nasceu, no dia 24 de junho, sua mãe, Isabel, queria dar a notícia à prima Maria. Como naquela época não existia telefone, ela combinou que acenderia uma fogueira logo após o parto. Assim que Maria visse o sinal de fumaça, saberia do nascimento. Essa seria a explicação católica para a fogueira de São João.

E aqui no Brasil, como será que surgiram as festas juninas? Os índios também realizavam rituais em junho para que a colheita fosse boa. A diferença é que, como estamos no hemisfério sul, em junho ocorre o solstício de inverno, com o dia mais curto e a noite mais longa do ano. Quando os portugueses chegaram aqui, no século 15, passaram a comemorar as festas juninas da mesma forma como faziam na Europa. Da mistura das comemorações dos índios com as dos portugueses, as festas juninas foram ganhando a forma que conhecemos hoje.

Antigamente, também, existiam práticas de adivinhações nas festas juninas. Acreditava-se que algumas pessoas tinham o poder de ler a sorte e prever o futuro. Por isso, muitas mulheres iam às festas para descobrir com quem casariam.

Naquela época, era de interesse da Igreja abençoar esse tipo de festa -- cheia de comida e dança -- para tentar converter infiéis, como os índios e os escravos africanos. Hoje, os festejos juninos não têm mais o cunho religioso que tinham no passado e independem da Igreja para existir. Fazem parte de uma celebração popular que pertence a todos: bairros, colégios, clubes, secretarias de turismo etc. Além disso, ao se misturar com a cultura indígena e africana, a festa junina brasileira recebeu características próprias...

No Nordeste, a festa junina é uma das mais importantes do ano. Ela é comemorada nos sítios, paróquias, arraiais, casas e cidades. Caruaru, em Pernambuco, e Campina Grande na Paraíba, realizam as maiores festas juninas do Brasil. Em Caruaru, foi feito certa vez o maior cuscuz do mundo, que pesava 700 quilos, como está registrado no livro dos recordes! No Sul e no Sudeste, podemos destacar danças como o jongo e o samba rural, que animam ainda mais a festa junina, e a gostosa presença, principalmente no Sul, de pratos à base do pinhão, fruto regional.

Com maior ou menor destaque, as festas juninas ainda são realizadas em todas as regiões do Brasil e representam uma das manifestações culturais mais importantes e ricas do nosso povo.

Doces à base de milho e leite de coco, comidas feitas com mandioca, os ritmos de forró misturados à quadrilha e até mesmo o pão-de-queijo mineiro fazem dessa tradição um festival de brasilidade! Ficou curioso para saber um pouco mais sobre as características da festa junina no Brasil?

Sarita Coelho
Ciência Hoje das Crianças
25/06/02

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Processo Criador


"Antes eu desenhava como Rafael, mas precisei de toda uma existência para aprender a desenhar como as crianças". (Picasso)

Chega de casinhas com chaminés. A criatividade aparece quando você investe no trabalho com desenhos na creche e na pré-escola
Quando eu tinha 15 anos, sabia desenhar como Rafael, mas precisei de uma vida inteira para aprender a desenhar como as crianças." A frase do artista espanhol Pablo Picasso (1881-1973) - referindo-se ao pintor renascentista Rafael Sanzio (1483-1520) - demonstra a importância de valorizar a riqueza artística nata dos pequenos. "É comum a idéia de que o desenho é uma ação espontânea da criança e que, portanto, não precisa ser desenvolvido", afirma a psicóloga Mônica Cintrão, da Universidade Paulista, em São Paulo. Num outro extremo está o uso de figuras infantilizadas produzidas por adultos, como elefantes com lacinhos, reduzindo o aprendizado em Artes a atividades de colorir.

O resultado dessa prática aparece desde o início do Ensino Fundamental. Muitas crianças afirmam que não sabem desenhar. Na hora da atividade, apresentam trabalhos estereotipados, traçando casinhas com chaminé e árvore no jardim, montanha com sol poente, gaivotas e homens-palito. Esses mesmos desenhos vão segui-las pela vida toda.
No livro Arte na Sala de Aula, Rosa Iavelbeg, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, aponta que os desenhistas têm idéias próprias sobre o que fazer e são elas que regem suas ações e interpretações. O desenho não é simplesmente a representação do mundo visível, mas uma linguagem com características próprias, que envolve decisões individuais e de culturas coletivas. "Ao ter isso em mente, o professor evita enquadrar os estudantes em visões parciais e deformadas sobre os atos de desenhar e de ler desenhos."
Quando o desenho é desenvolvido na Educação Infantil, não ocorre o empobrecimento do grafismo, que, de acordo com alguns autores, se dá a partir dos 9 anos. O "cultivo" envolve informação e intervenção do professor e a interação do aluno com a produção dos colegas, com o meio natural e cultural e com a prática de artistas, Valorizando suas idéias e não se submetendo ao desenho figurativo só para agradar ao adulto.
De acordo com Rosa Iavelberg, cabe ao professor articular as práticas das crianças ao valor da arte na vida e na sociedade, às técnicas existentes e ao conceito de desenho. Para isso, Mônica Cintrão defende a importância de conhecer as transformações do desenho infantil. Essas informações ajudam a avaliar e a planejar as intervenções que devem ser feitas durante todo o ano letivo.

Diferentes materiais
Para agir de forma produtiva, o professor precisa ter consciência sobre o que os pequenos devem aprender. Assim, pode se guiar pelas fases dos desenhos e pelas práticas criativas das crianças. Para começar, é importante ampliar o conceito de desenho. "Ele não é uma linha de contorno que representa um objeto. É ação sobre uma superfície que produz algo para ser visto", explica Rosa.
Durante as aulas, é preciso criar constantemente situações em que a criança desenhe sobre o tema que quiser e experimente vários materiais - lápis, tinta, giz de cera, carvão - e diversos suportes - papel, chão, areia, parede...
A avaliação dos trabalhos também vai determinar a evolução das futuras produções artísticas. Por isso, é necessário valorizar o desenho de todos e dialogar com os alunos sem impor o juízo estético adulto. Perguntar "o que é isso?" aos pequenos ou pedir que eles contem a história do desenho não é recomendável. "Isso induz a criança a tentar interpretar o desenho e a dar nome a traços que não foram feitos com a preocupação de serem nomeados. É preferível pedir que a criança fale do seu trabalho", diz Rosa.
Guarde as produções de cada estudante numa pasta e retome-as depois numa roda de apreciação. "Não importa se faz tempo que o desenho foi produzido. Mostrá-lo cria referência de que ele foi feito por alguém e pertence a um conjunto de obras", explica Rosa. Tudo isso contribui para a turma deslanchar e começar a elaborar traços mais criativos e bem compostos. Para que o trabalho tenha sucesso, é importante envolver os pais. É comum eles quererem ver as tais figuras desenhadas por adultos e coloridas pelos filhos na pasta de atividades no final do bimestre. Por isso, na próxima reunião, explique a importância do desenvolvimento criativo.

Mundo colorido
Crianças de 4 anos geralmente já têm noção de espaço e desenham dentro do limite da folha, mas ainda não estabelecem uma escala de tamanho nem conhecem bem as cores. Uma árvore inteira pode ser pintada de verde e ser do tamanho de uma flor.
Para que os pequenos ampliem seu universo pictórico e percebam a diversidade de tons, formas e tamanhos, Nilciane Azamor Souza, professora da escola Gente Miúda, os leva para o parque. "Peço que prestem atenção nos detalhes das folhas, das flores, do tronco e da raiz e no tamanho da árvore em relação a outras plantas." Em classe, ela sugere que eles lembrem do que foi visto e pintem com guache e pincel.
Isso estimula a capacidade de reproduzir o que viram e permite perceber que o material e o suporte influenciam o desenho.

O que se vê
Tocando-se, os pequenos vão percebendo a textura dos cílios, o contorno da boca, o traçado das sobrancelhas e as curvas das orelhas, um estímulo para a percepção dos detalhes do rosto. Eles também podem observar a própria imagem no espelho e caprichar nos detalhes ao desenhar cada uma dessas partes do rosto. Na hora de fazer o desenho de observação, um colega vira modelo ao se colocar dentro de uma moldura. Atento à representação que os colegas fazem dele, alerta que está faltando a orelha, que seu nariz não é assim etc. Um intervém no desenho do outro e, nessa troca, todos aprendem.

Garatujas
Por volta dos 2 anos os pequenos desenham garatujas desordenadas e rabiscos aleatórios que extrapolam o limite do papel. Desenhando e observando o trabalho dos colegas, a criança percebe o limite da folha e ordena as garatujas. "Quando o tema é livre, os pequenos fazem movimentos amplos e desordenados, sem pensar na figura. Se o tema é bicho, eles começam a imaginar uma imagem e desenham formas mais definidas. Logo, estão dando nome aos desenhos.

Alimento estético
Levar para a sala de aula reproduções de arte de qualidade de diversas épocas e lugares,escolhendo bons artistas, (é bom valorizar os contemporâneos e dar preferência às cópias com boa definição).

Arte comentada
Na roda de apreciação, podem aparecem descobertas individuais e coletivas sobre a arte que todos estão produzindo. Após terem feito um desenho, as crianças podem explicar o que observaram no próprio trabalho, fazer comentários sobre o desenho dos colegas e relacionar as obras com as figuras que viram . A professora poderá dar chance a cada um deles de falar sobre sua produção, sem atribuir valor estético. Assim, todos vão construindo um repertório pictórico.

Teoria
As etapas do grafismo*
*de acordo com Viktor Lowenfeld (1947-1977)
Fonte: Avaliação Escolar do Desenho Infantil: Uma Proposta de critérios Para Análise, tese de Mônica Cintrão

As fases a seguir se sucedem, mas a idade em que elas se manifestam varia
De 2 a 4 anos -
Garatujas
Desordenada - Movimentos amplos e aleatórios que não respeitam o limite da folha.
Ordenada - Os rabiscos seguem o limite do papel.
Nomeada - Os rabiscos ganham nome: papai, nenê, mamãe.
De 4 a 6 anos - Pré-esquema
Boneco girino - Tem início o desenho da figura humana, com braços e pernas que saem da cabeça. Mais adiante, os membros saem do corpo.
Exagero - Não há proporção nem perspectiva. As figuras são grandes ou pequenas demais.
Omissão - Faltam partes do corpo ou do rosto. Um braço pode ser mais comprido que o outro.
Justaposição - As figuras são misturadas na folha, sem linha de base (chão e céu). Não há organização espacial. O sol pode surgir na parte de baixo.

-Escrito por Tatiana Achcar.(editado) Fonte: www.revistaescola.com.br

DESENHO E CANÇÃO: arte em estado puro..

A turminha do infantil IV-C esta afiadíssima no desenho.

Essa galerinha adora fazer suas representações, não importa se é na folha, no chão, na parede... com lápis, canetinha, giz ou pedacinho de terra, o negócio deles é desenhar!
Observando, e é claro, propiciando a instalação dessa situação, resolvi atrelar duas expressões artísticas a um terceiro item que é a imaginação fértil dessas crianças na idade da fantasia.
Busquei uma canção que somasse um belo, rico e bem construído poema, uma melodia cheia de surpresas de arranjo e harmonia e uma relação de identidade pessoal.
A canção escolhida foi CIRANDA DA BAILARINA de Chico Buarque, com uma bela interpretação de Adriana Calcanhoto.
Meus fofinhos... ops!... Desculpe... Meus aluninhos (Olha, eles são uns cuti-cuti mesmo) ouviram várias vezes essa canção, até o ponto de cantarolarem junto com a intérprete enquanto brincavam.
A música os envolveu!
Montei, então, a trama para que transformassem essa canção em desenho e veja o resultado.
As representações têm movimento, tem luz, cor, sentimento... são pura arte ou arte pura.
Howard Gardner em seu livro ARTE, MENTE E CÉREBRO, (1982, p.117) faz uma bela explicação, sobre essas expressões artísticas da criança, quando escreve:
“Sente-se que a criança esta falando diretamente através dos desenhos, cada linha, contorno e forma transmitem tanto sentimentos interiores quanto temas explícitos nos esforços da criança pequena para entender o mundo.”
Ele ressalta também que:
“... um momento em que, mais do que qualquer outro, a criança efetua traduções fáceis entre sistemas sensoriais; em que cores podem prontamente evocar sons e sons podem prontamente evocar cores; em que movimentos de mão sugerem linhas de poesia, ou linhas de verso estimulam uma dança ou uma canção.”
E assim essa atividade se deu: a canção virou desenho e o desenho a dança da bailarina, num momento em que a criança tornou-se ela própria letra e música dessa canção.
Um abraço, professora Débora







terça-feira, 2 de junho de 2009

Escritores da Liberdade

Foi proposto para o momento Cultural do nosso último HTP, uma análise e discussão sobre o filme "Escritores da Liberdade" (Freedom Writers, EUA, 2007). Na semana anterior as professoras levaram o filme para assistirem em casa deixando o tempo do HTP somente para as discussões.


O filme é baseado em fatos reais, estrelado pela atriz Hillary Swank, que vive a personagem da professora “Erin Gruwell”, na cidade de Los Angeles vive uma verdadeira guerra nos seus bairros mais pobres, causados por gangues que são movidos pelas tensões raciais.

É meio a este drama, vivido por adolescentes na faixa etária entre 14 e 15 anos que Erin Gruwell assume a sala de aula. A professora chega cheia de expectativas a sala de aula, imaginava que todos os alunos iriam corresponder ao seu modelo educacional,tornando-se frustrante os primeiros encontros, as brigas, os desencontros e as insatisfações são constantes na expressões dos alunos, simplesmente ela é ignorada a ponto de ficar sozinha na sala de aula.

Erin leva até a direção da Escola a dificuldade encontrada em sala de aula, e também é ignorada inclusive pela direção da escola. Mais Erin não desiste, chega em sala de aula com uma proposta de trabalho que se identifica com os alunos, fala com eles através da música e literatura , no primeiro momento os argumentos são bizarros, os questionamentos são ofensivos: “...o que você faz aqui? o que vai fazer não vai mudar minha vida...”. Profundamente assustada a professora responde perguntado se vale a pena participar de gangues, e se serão lembrados pelas atitudes.

Nesse instante a primeira semente é lançada, cada um tem a oportunidade de falar de si próprio, de seus medos, suas angústias, suas mágoas e demasiada violência. Encontramos nestas cenas o que o autor Cipriano Luckesi em sua obra Avaliação da Aprendizagem Escolar, explica sobre a avaliação diagnóstica, as possibilidades que são dadas aos professores de evidenciar atributos que os alunos já possuem e identificar potencialidades dos mesmos para utilizá-los na estruturação do processo de ensino aprendizagem. É o que faz Erin com esta dinâmica de trabalho.

Ao manter este contato com alunos, e participando de forma ativa ao mundo deles, a professora conquista a confiança, desse modo passa etapa de superação das dificuldades, através da metodologia da escrita em diários, adota um projeto de leitura e escrita baseado no livro “O diário de Anne Frank”, todos os alunos lêem o livro e a partir deste registram em seus diários tudo o que sentirem vontade de escrever a respeito da sua vida.

O respeito e autoconfiança é resgatado, a Senhora G como os alunos a chamam, apresenta uma nova realidade possível de transformação como aponta Paulo Freire em sua obra Pedagogia do Oprimido, os alunos saem da condição de marginalidade de oprimidos e iniciam no campo das possibilidades, ao lutarem pelos seus ideais, pelas suas conquistas ao enfrentarem os obstáculos, não mais com a violência, mais com o conhecimento.

Richard Lagravanese -diretor do filme-apresenta de forma bastante respeitosa as dificuldades que ainda em pleno século XXI acompanha a educação, ou seja, as mazelas da educação brasileira não são diferentes das mazelas norte Americana. Nosso sistema educacional brasileiro passa por dificuldades semelhantes, professores que tentam desenvolver trabalhos e são muitas vezes impedidos, não conseguem apoio da comunidade escolar, e muitas vezes não compactuam com as ideologias. Saviani em Pedagogia Histórico-Crítica, fala que a educação se faz quando é significativa, ou seja a escola tende ir ao encontro das necessidades, respeitar cada aluno, como cidadão dotado de seus direitos e deveres.

O filme Escritores da Liberdade traz na sua essência o resgate e a valorização a “Educação”, é possível ser um educador sem ser ditador, é um filme de fácil entendimento e que traz significativas abordagens no seu contexto. Recomendado ao público de graduação ou especialização em pedagogia, ainda a quem perceba na educação uma forma de autonomia e que, com a cultura e conhecimento têm-se bases para o que o mundo seja melhor e mais digno para todos.

Resenhado por: Maryanne Peixoto Corrêa